Em outras palavras, os agricultores tornaram os campos inóspitos para a maioria dos insetos.
A intensificação pretende garantir que o máximo fluxo de energia possível do ecossistema das fazendas seja utilizado para a produção agropecuária para consumo humano. Estima-se que 24% de todo o crescimento vegetal anual do planeta sejam atualmente apropriados pelos seres humanos. E este percentual atinge o espantoso nível de 69% nas áreas de cultivo.
Estes números praticamente dobraram ao longo do século 20. Não surpreende que os insetos não se deem bem nesses cenários – e as áreas produtivas ocupam quase 40% das terras disponíveis.
A perda de espécies
Os insetos são, de longe, os animais mais numerosos da Terra. Estima-se que a massa total de novos insetos que crescem anualmente em todo o mundo atinja a surpreendente marca de 1,5 bilhão de toneladas.
A maior parte desse material é imediatamente consumida na cadeia alimentar por predadores e parasitas, de forma que a imensa superestrutura de toda a diversidade animal da Terra é estabelecida sobre uma base de insetos e seus parentes artrópodes.