Os pesquisadores compararam a velocidade de declínio de 124 pragas e de cada um dos seus inimigos naturais.
Ao longo dos 18 anos de estudo, a incidência das espécies inimigas naturais diminuiu em 0,65% ao ano, enquanto a quantidade das pragas que se alimentam de plantas, em média, não se reduziu. Isso indica que as espécies benéficas, inimigas naturais das pragas, têm maior propensão ao declínio do que aquelas que servem de alimento.
Por isso, os agricultores precisam decidir se irão tolerar produções menores ou usar ainda mais inseticidas químicos para controlar as pragas, gerando reduções ainda maiores.
É muito fácil apontar os pesticidas, a iluminação pública brilhante e as mudanças climáticas como as causas, mas o declínio dos insetos, quase certamente, tem diversas causas simultâneas. O suspeito indicado com mais frequência é a intensificação da agricultura.
Esta expressão engloba diversas ações errôneas. A mecanização da agricultura, a erradicação das sebes, a monocultura, o aumento do uso de fertilizantes químicos e a aplicação regular de pesticidas têm como objetivo produzir campos sem ervas daninhas, pragas ou doenças. Apenas uma variedade reduzida de animais e plantas silvestres consegue sobreviver nas margens estreitas dos campos e à beira das estradas próximas.