Ao longo do período de 18 anos, a contagem anual de todos os insetos identificados caiu em 7,6% — uma tendência de redução estável de 0,4% ao ano.
Claramente, o número de insetos vem diminuindo em grande escala na Ásia, da mesma forma que na Europa e na América do Norte. Parece razoável considerar que os motivos sejam os mesmos. Não sabemos ao certo quais são essas causas, mas parece provável que elas estão presentes em todo o mundo.
O estudo também demonstrou que insetos pragas como a lagarta-rosca, que ataca muitas espécies de vegetais alimentícios, sofrem forte impacto com a redução mundial dos insetos, da mesma forma que espécies que não são pragas, como as abelhas e borboletas, que foram objeto da maior parte dos estudos europeus e americanos anteriores.
Estamos tão acostumados a considerar os insetos como pragas que é tentador pensar que, em um mundo com menos insetos, a agricultura poderia prosperar como nunca antes conseguiu. Mas este novo estudo revela por que isso não é verdade.
Os pesquisadores usaram registros entomológicos detalhados do passado para construir uma complexa rede alimentar, demonstrando como cada uma das espécies de insetos pragas capturadas nas armadilhas luminosas pode ser alimento de diversos tipos de insetos predadores e parasitas, frequentemente chamados de “inimigos naturais”.
As lagartas-roscas, por exemplo, são comidas pelo bicho-lixeiro, entre outros.