A Honda está bastante empenhada na eletrificação e conta já com uma gama totalmente eletrificada na Europa (apenas o Civic Type R escapa), mas o seu Presidente, Toshihiro Mibe, admite que os motores de combustão interna poderão continuar a ser produzidos até 2040, embora em modelos e utilizações muito específicas.
Em entrevista à Reuters, o principal responsável da marca japonesa assegura que o esforço de eletrificação prossegue a todo o vapor, mas que o desenvolvimento de tecnologias e soluções alternativas, como os combustíveis sustentáveis (e-fuels), poderá fazer com que os motores de combustão interna se mantenham por mais algum tempo, nomeadamente para modelos desportivos de número reduzido ou veículos pesados.
Apesar de estar algo atrasada no lançamento de automóveis 100% elétricos no mercado (apenas tem o Honda e na Europa), a marca tem na Europa uma gama assente na tecnologia e:HEV híbrida que combina baixas emissões e baixos consumos com a performance de um veículo elétrico. Para Mibe, um engenheiro ligado aos motores, o objetivo é ter uma performance ambiental inatacável, privilegiando as duas tecnologias que, neste momento, parecem oferecer as melhores respostas ao desafio da neutralidade carbónica.
“À medida que rumamos para a neutralidade carbónica, estamos focados na eletrificação e na pilha de combustível – essas são as duas componentes fundamentais da mobilidade do futuro”, referiu Mibe à Reuters por ocasião de uma visita à fábrica da Honda em Ohio, nos Estados Unidos da América (EUA).