Para quem tem casa em Veneza é mais rentável apostar no alojamento local para turistas.
As autoridades tentam combater o problema com habitação social, mais serviços escolares e transportes mais baratos para os residentes.
“Também é verdade que os dados cadastrais não são totalmente exaustivos sobre o número real de pessoas que vivem todos os dias em Veneza, porque há toda uma categoria que não contamos porque não tem domicílio na cidade”, acrescentou Laura Besio.
É o caso dos estudantes externos e daqueles que trabalham na cidade mas não têm residência. Estima-se que sejam cerca de 10 mil pessoas.
“A cidade é feita de quem vive aqui 24 horas por dia. É inútil referir-se a números de domiciliados e dos que se movimentam. Ainda que sejam importantes para a cidade, não vivem aqui 24 horas por dia como nós”, ressalvou Matteo Secchi, da associação Venessia.com.
Seja qual for o motivo, o risco de despovoamento é um perigo constante para a cidade de Veneza.
O turismo de massas é a principal fonte da economia, mas também ameaça transformar a cidade num museu a céu aberto, sem o coração pulsante dos seus habitantes.