Fernando Madureira, líder da claque Super Dragões, vai aguardar o desenrolar da Operação Pretoriano em prisão preventiva. A medida de coação foi anunciada, esta quarta-feira, depois de vários dias de interrogatórios. Hugo Carneiro, adepto do FC Porto, conhecido como ‘Polaco’ também fica com a mesma medida de coação.
Após o comunicado, assinado pelo juiz de instrução Pedro Miguel Vieira, também Vítor Catão, adepto do FC Porto e ex-presidente do São Pedro da Cova, deverá ficar em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica.
“Não sei se vamos recorrer. Essa é uma decisão tomada pelo arguido, sendo obviamente aconselhado pela defesa. Vou ter de falar com ele. Não existe decisão unilateral de uma defesa em recorrer ou não”, referiu aos jornalistas Susana Mourão, advogada de Catão.
“A medida manteve-se exatamente aquela que foi promovida pelo Ministério Público: não pode contactar com os outros intervenientes do processo, sendo certo que vai manter as suas funções. Não se trata de uma medida ligeira, mas daquilo que é justo”, reconheceu.
Já Jorge Filipe Correia, advogado de António Moreira de Sá, disse ter havido indiciações diferentes entre Ministério Público e o juiz e admitiu recorrer para o Tribunal da Relação.
“As medidas são justas, mas discordo claramente da indiciação pelos outros crimes, pois houve apenas uma altercação com uma única pessoa. A promoção do Ministério Público iria no sentido de o António Moreira de Sá ser apenas indiciado pela ofensa à integridade física, mas agora o juiz entendeu indiciá-lo em coautoria pelos outros crimes”, comentou.
Já esta semana, a procuradora do Ministério Público tinha defendido que Fernando Madureira e Hugo Carneiro (‘Polaco’) ficassem sujeitos à medida de coação mais gravosa: prisão preventiva. Em relação aos restantes, o juíz decidiu que essas nove pessoas, incluindo Sandra Madureira, mulher de Fernando Madureira e vice-líder dos Super Dragões, ficam sujeitos, nomeadamente, à proibição de contactos entre si, à proibição de contactos com a direção e elementos da claque ‘azul e branca’, à proibição de acesso a recintos desportivos ou à apresentação às autoridades.